Depois de um longo tempo sem poder realizar este
objetivo, com muito custo (doença), hoje dei por terminado este assunto. Peço
desculpa por algo de errado, foi escrito em condições menos favoráveis e como
muitas vezes não releio as coisas que escrevo, esta foi mais uma delas (tudo
que coloquei neste blog não foi relido).
Há várias ideias (parecidas) sobre o investir na arte,
esta é somente mais uma delas. Com alguma síntese e por vezes repetições de
ideias, pois há assuntos que são necessários falar-se mais que uma vez.
Dou mais destaque a Portugal, mas muito ou quase tudo, do
que aqui está escrito, aplica-se em qualquer parte do mundo.
Recomendo antes de ler sobre este assunto, que leia
primeiro sobre o que escrevi anteriormente “adquirir obras de arte”.
INTRODUÇÃO
Ser dono de uma obra de
arte é um sonho, apreciá-la um privilégio e assistir à sua valorização, uma
verdadeira recompensa.
A arte oferece-nos uma experiência sensorial
única, e é hoje considerada como uma forma extraordinariamente interessante de
valorizar um património financeiro. Contudo, grandes questões se colocam no
momento de investir num mercado tão particular. A arte começou a ser
considerada como um investimento no início dos anos 80. Durante grande parte do
século XX eram apenas apreciados "os seus méritos estéticos", havendo
"poucos indivíduos que olhavam para a arte como uma oportunidade de
investimento", "Dividendo estético" era o termo usado para
descrever o prazer de possuir uma obra de arte. Esta situação mudou. Mas ainda
assim, muitos opiniáticos defenderam que a arte era demasiado volátil e,
consequentemente, não deveria ser considerada como um "investimento
sério". Este argumento caiu por terra em 2003 a partir da análise do
índice de arte Mei Moses, realizado pela instituição financeira norte-americana
Glenmede Trust Company. O estudo demonstra que "portefólios" que
incluem obras de arte produzem um maior retorno por cada unidade de risco.
"A arte ajuda a reduzir a volatilidade de um “portefólios” gerando
apreciações de longo prazo". Em 2007, o índice Mei Moses valorizou cerca
de 20%. Este valor compara com a subida anual de 5,5% registada pelo S&P
500. Nos últimos dez anos, a arte valorizou, respectivamente 16,2% e 10,3%, e
superou os ganhos das acções: 12,7% e 5,9%, de acordo com dados da
artasanasset.com. A arte teve ainda um melhor desempenho que as obrigações
durante esses períodos.
No
início deste século XXI, surgiu um segundo “boom” do mercado de arte, porém muito diferente do primeiro,
verificado no início da década dos anos 80: está mais diversificado e
universalizado graças, sobretudo, aos avanços das tecnologias de comunicação e
às vendas e compras virtuais, inclusive os leilões de arte “presenciais” via
internet, mas muito cuidado com as aldrabices…
Sempre foi
um bom investimento o adquirir obras de arte ao longo dos tempos, quando bem feito
e a história da arte o diz.
Nunca se
esqueça disto: EVOLUA, ADQUIRINDO CONHECIMENTO! NUNCA PENSE QUE SABE TUDO.
EXPLICAÇÃO SOBRE OBRAS DE ARTE
São consideradas obras de arte: desenho, pintura, escultura, serigrafia,
gravura, fotografia, vídeo, instalação e etc.
A pintura, o desenho, a escultura e o vídeo (devido aos elevados
custos de produção) são as obras
mais caras, pois são únicas, excepção do vídeo, em comparação com a fotografia,
serigrafia ou gravura e aqui prevalece o critério da antiguidade, de raridade do meio de expressão e da
valorização do artista. Não quer dizer que todas as pinturas valham mais do que
todas as fotografias, a obra de um fotógrafo consagrado custa muito mais do que
a obra de um pintor em início de carreira ou com um percurso médio ou fraco,
por exemplo, o currículo é que conta. Já abordei este tema no adquirir obras de
arte.
IMPORTANTE
É importante, sem dúvida, que o comprador-investidor
“aprenda a ver, mas ainda melhor a observar”, informe-se a respeito do pintor e
da obra que pretende adquirir – suas características, histórico (analise bem a
época do artista e seu currículo), estado de conservação e se a obra é da
“melhor época” da execução do artista. Muitas
vezes, num mesmo movimento ainda subavaliado, os fundadores têm um potencial
mais elevado do que aqueles que aderiram só mais tarde…
NUNCA SE ESQUEÇA, A INOVAÇÃO E O CURRÍCULO É QUE INTERESSAM!
Investir já é, em si, uma actividade de risco
na medida em que trabalha com cenários futuros, inclusive com problemas
imprecisos, ambíguos e imprevisíveis. Em qualquer investimento e, portanto,
também no investimento em arte, há uma expectativa de ganho ou de retorno, isto
é, de geração de rendimento positivo. Risco
(baixo ou alto) é a probabilidade de que os retornos reais sobre os
investimentos sejam diferentes dos retornos esperados. Nas decisões de
investimento entram factores de natureza pessoal (personalidade e forma como
cada mente lida com a subjectividade e a incerteza), fatores biológicos (como o
temperamento), psicológicos (como o estilo cognitivo), fatores culturais (como
a instrução ou educação) e outros, de modo que cada investidor obedece a um
padrão de comportamento muito particular nas suas escolhas e tomadas de
decisões.
É importante instruir-se sobre o assunto, informar-se,
trocar impressões com outros investidores e envolver-se no meio. Naturalmente,
isto é muito mais fácil de fazer se tiver um gosto nato por arte. Se não tem, é
melhor não a ver apenas como um activo financeiro (vai correr mal) ou então
tente adquirir esse gosto, aprendendo a gostar, pois tudo tem um princípio, por
vezes ficamos surpreendidos com nós próprios, pelo que conseguimos mudar no
modo de se gostar. Se gosta ou se vier a gostar de arte, pode sempre tirar
prazer dos seus investimentos mesmo que não lucre com eles…
No investimento não concordo com o que se diz: “compre só se gosta mesmo”,
pois a pessoa no início não gosta de uma estilo ou artista, mais tarde com a instrução
e evolução do saber sobre o assunto passa a gostar, depois diz: que pena, vi
obras deste estilo ou artista que valiam pouco e eu não gostava, agora valem
uma fortuna, foi mesmo uma pena não ter gostado e comprado, agora gosto e não
posso comprar. Por isso antes de comprar para investimento adquira
conhecimentos e depois sim compre se gosta, mas tenha cuidado, pois o gosto vai
mudando com o tempo, abra sua mente “tomando muitos conhecimentos”. Conheço
algumas pessoas que diziam que porcaria, não gosto disto e até chamavam nomes
feios, que passado alguns anos estavam a comprar a “porcaria” e a querer vender
parte das obras que tinham e achavam-nas as melhores, tenha em conta que as
melhores obras não dão nas “vistas”, pois uma obra precisa de ser “namorada”.
É importante, que o comprador-investidor
“aprenda a ver, com a mente” não se esqueça que no observar é que se consegue
ver atentamente os pormenores das coisas ou descobrir as realidades implícitas
nelas, informe-se a respeito do pintor e da obra que pretende adquirir.
Não se esqueça que as ideias do artista ao
executar uma obra são dele, é a sua (artista) realidade e verdade do momento,
você tem que ver com a sua mente aberta, todos os dias vai ver de maneira
diferente e descobrir coisas diferentes, depende do seu estado de espirito.
Nunca queira saber os porquês do artista, mas sim os porquês que uma obra
desperta em si e o desvendar deles.
Já abordei esta rubrica anteriormente, mas nunca é demais lembrar, pois é o
mais importante que um observador de uma obra de arte tem que ter em conta.
“A arte de fazer acontecer”, é um conceito
muito importante, necessário em tudo que queremos que funcione corretamente,
por isso um investidor tem que ter a arte de fazer acontecer, como em tudo na
vida, é necessário essa arte!
MUITO CUIDADO COM AS OBRAS FALSAS!
FORMAS DE INVESTIR
Há
várias formas de investir, as quais são: Investimento Internacional;
Internacional e Nacional; Nacional/Internacional; Nacional/Nacional e etc.
Investimento Internacional – É aquele que se efectua só
em artistas internacionais.
Investimento Internacional e Nacional – É aquele que se
efectua em artistas internacionais e em artistas nacionais com uma boa carreira
internacional e nacional (para mim o melhor investimento).
Investimento Nacional/Internacional – É aquele que se
efectua em artistas nacionais com uma boa carreira internacional (também um bom
investimento).
Investimento Nacional/Nacional – É aquele que se efectua
em artistas com uma boa carreira nacional e com poucas ou nenhumas saídas
internacionais.
SOBRE O
COMPRADOR-INVESTIDOR
Se é um leigo, pode sempre aprender. Pode
treinar a sua sensibilidade visitando várias exposições de arte, sejam elas
apresentações de novos talentos, artistas já consagrados ou museus públicos,
etc. Procure aprender, questionando-se sobre o percurso pessoal e profissional
dos artistas, a longevidade das suas carreiras, comparando os trabalhos
(criatividade) de uns artistas com o de outros do mesmo estilo, mas
principalmente seus currículos, as suas ligações e influências, as mensagens
que transmitem, os materiais que usam, as suas ideias e tudo o que lhe parecer
interessante. O meio da arte, principalmente o da arte contemporânea, é tão
apaixonante que vai com certeza aproveitar bem o seu tempo.
Por vezes acontece terem dúvidas, aqueles que pretendem se iniciar no mercado de arte, se refere ao capital necessário para fazer o primeiro investimento. Na verdade, não há um valor definido. Quanto mais dinheiro aplicar, maiores serão as suas probabilidades de lucro e mais rápidos os resultados, pois pode sempre comprar um “nome”. Mas fique claro que não há um valor mínimo e, normalmente, este tipo de investimento é feito de forma parcelada, sem periodicidade específica, compra-se ou corrige-se o rumo, quando a ocasião se apresentar. No entanto, é importante ressaltar que uma coleção, quando se objetiva investimento, tem que ser acompanhada “dia-a-dia”, a fim de que se façam as correções de rumos, bem diferente de quando se pretende apenas decorar uma casa com obras de arte. Decoração é uma coisa, investimento é outra, embora os dois conceitos possam caminhar juntos.
O comprador-investidor, por mais mediano que
seja, tem de viajar, visitar museus, bibliotecas, galerias, bienais, feiras,
internet e etc. Frequente o mercado de arte em sua cidade ou onde por acaso
estiver e também vá a outras cidades ou sítios. Compareça em exposições coletivas
e individuais, leilões, museus, galerias de arte e outros, sempre que tiver
oportunidade. É nessas ocasiões que recebemos as melhores informações de
mercado, sobretudo para quem quer se aprimorar visando, depois, investir em
obras de arte. Instrua-se!
Aprenda a
conhecer a Arte!
Ler, documentar-se, visitar galerias, visitar museus, encontrar coleccionadores, encontrar artistas, visitar leiloeiras, … Os seus conhecimentos da história da Arte, de cada artista e de cada técnica nunca será demais.
A cotação constitui apenas uma indicação e não uma garantia.
Ao contrário das ações, que têm um valor de mercado certo em qualquer momento do dia, as cotações artísticas são raras e pontuais. Ao contrário das ações, que são todas idênticas para uma mesma empresa, cada obra de um mesmo artista é única.
Por isso, as cotações dos artistas constituem apenas um ponto de referência para ajudá-lo a ter uma ideia do possível valor de uma obra.
Ler, documentar-se, visitar galerias, visitar museus, encontrar coleccionadores, encontrar artistas, visitar leiloeiras, … Os seus conhecimentos da história da Arte, de cada artista e de cada técnica nunca será demais.
A cotação constitui apenas uma indicação e não uma garantia.
Ao contrário das ações, que têm um valor de mercado certo em qualquer momento do dia, as cotações artísticas são raras e pontuais. Ao contrário das ações, que são todas idênticas para uma mesma empresa, cada obra de um mesmo artista é única.
Por isso, as cotações dos artistas constituem apenas um ponto de referência para ajudá-lo a ter uma ideia do possível valor de uma obra.
Conheça bem o
setor. Um á parte: nunca
pense que sabe tudo, pois como sabe estamos sempre a aprender, queira sempre
saber mais e escute várias opiniões, pois nesta área como noutras há sempre o
oportunismo e o interesse.
Apure ainda a intuição quando comprar. Além disso, tem de ter paciência e
esperar pela valorização…
Precisa ser inteligente e esperto (ter criatividade) o
suficiente para gerir bem sua carteira de investimentos.
Vá com o espírito de
observar tudo.
SOBRE O ARTISTA
O melhor investimento faz-se no artista que está no início
do percurso e consegue mostrar que é um inovador (cuidado com os supostos
inovadores), um lutador, o mais seguro mas muito mais caro é naquele que já tem
nome também cuidado com alguns que são considerados nomes e não é verdade!...
O “segredo” está muitas vezes, em o comprador-investidor
conhecer bem o artista ou artistas em quem primeiro vai investir, se ele é um
lutador; se é um artista da arte pela arte e depois o dinheiro; se é um artista
da arte pelo dinheiro; se é um artista cujo objetivo é só fazer dinheiro (isto
é para todos, pois muitos começam com uma intenção e com o passar dos anos
mudam, mas mais para aqueles que estão a começar a fazer o seu percurso), eu
recomendo o lutador, com as características da arte pela arte e depois o
dinheiro, pois ele fará ou terá um grande empenho, esforço ou trabalho com
afinco para atingir o seu objetivo, de se afirmar nacional e
internacionalmente. O currículo (digam o que disserem muitos dos que pensam que
sabem) é o que mais interessa para se saber se é um lutador, o artista tem que
buscar constantemente (pelo menos os que estão a começar) muitas exposições
(não acreditem naqueles que dizem que só se pode fazer x exposições por ano e
poucas, a maioria dos grandes artistas do século XIX e XX fizeram muitas e
boas, mas cuidado com aqueles que fazem muitas sem nexo nenhum, valendo tudo!...),
tentar ao pouco e pouco estar representado em vários museus e coleções
particulares. Á que ter em conta quem começa, o seu currículo é pequeno, pois é
natural está a começar, mas tem que ser um lutador e buscar cada vez mais
exposições e representações…
Um bom artista plástico (ou visual) vê-se pela sua
capacidade de humildade, criar, inovar e lutar. O artista no início (e sempre)
da careira tem que ser um lutador, mais propriamente um guerreiro, tem que
trabalhar muito, lutar pelo seu currículo mas mais pelas representações. As
representações contam muito para a valorização do artista seja no início como
para sempre, o que conta mais são as representações em museus de qualidade.
Tenha
cuidado com artistas exclusivos de galerias, que estão há algum tempo nessas
galerias, sem quase, não fazerem currículo fora delas. Por vezes as galerias
fecham ou libertam os artistas e eles têm preços muito caros para o percurso
que fizeram, quando libertados muitas vezes esses artistas deixam de pintar ou
começam a baixar os preços.
Dum
mesmo artista há obras concebidas em momentos de pouca inspiração ou outras
situações adversas, por isso valem menos. Um artista pode ter duas obras do
mesmo tamanho, uma a valer 10.000€ outra a valer 5.000€, pois nem sempre o
artista está inspirado, ou acomoda-se a algum nome que adquiriu, etc.
Cada vez
mais os artistas precisam de ter alguns conhecimentos de gestão, de marketing,
de organização. Aquele mundo do artista que vivia nas nuvens e morria “tuberculoso”
já passou. Um artista bem organizado, cumpridor, humilde, lutador, criativo,
inovador, etc., é um artista para ir muito longe na sua carreira, esse sim é um
artista (a começar ou não) que tem todas as condições para chegar a um patamar
elevado e este sim “é investimento”.
Faça só este exercício: quantos artistas havia nos anos 80 e quantos é que
chegaram até hoje!? Na arte contemporânea todos temos de ter consciência que
muitos artistas atuais não deixarão memória nem rasto. Os movimentos
especulativos e os leilões valorizaram muitos artistas e muitas obras que
provavelmente não têm qualidade equivalente, que vão rapidamente desaparecer e
tornar-se “lixo” (como investimento).
O melhor investimento
está naqueles que são lutadores, inventores ou inovadores, os pais de cada
estilo que surgiu ao longo da história da arte, quase todos os outros são os “transformistas”
desses estilos ou “copistas”...
As galerias levam aos artistas entre 30% a 50% a maioria leva 50%, mas
também há galerias que levam 60, 70 e 80% aos artistas iniciados! Não
esquecendo aquelas que o artista paga para expor e ainda por cima tem que pagar
uma percentagem nas vendas, que nos dias de hoje estão a começar a ser uma
maioria, cuidado com estas galerias, quase sempre os artistas (havendo
exceções) que estão lá, têm pouca qualidade e alguns são o que se chama “os
desportistas da arte”.
Nunca se esqueça, quando alguém que vende arte falar-lhe muito de um
artista, de lhe pedir o currículo, ver que exposições esse artista tem,
nacionais e internacionais. As melhores exposições são: em galerias; museus;
feiras de arte; bienais; fundações; centros culturais de prestígio; espaços de prestígio.
O artista também tem exposições em espaços um pouco menos interessantes (quando
o artista começa, quase sempre começa por espaços mais fáceis de se expor).
Recomendo que peça sempre o currículo, quando se interessar por uma obra,
não ligue muito quando o vendedor lhe impõe as críticas ou opiniões. Qualquer
artista que queira pagar, tem uma boa crítica ou opinião, até do que é
considerado o “melhor” crítico e também as amizades (escritores, cantores,
cineastas, políticos, jornalistas, etc.) que o artista vai fazendo ao longo do
percurso, logicamente vão-lhe escrever uma boa critica ou opinião.
DIFERENCIA UMA BOA OBRA DE UMA MÁ OBRA?
Em arte como em filosofia o absoluto não existe. Hoje em dia é difícil de se dizer o que é mau e o que é bom, muito menos dizer que não presta, há que ter muito em conta a criatividade e inovação, logicamente que não vale tudo… O artista tem que seguir a evolução das coisas e ser original, sim na diferença de criar é que está a originalidade de um artista, nada de modas, como tudo, também passam. A experiência sensorial é determinante para se ver o que interessa e o que não interessa. Depois ajuda conhecer bem o pintor, a corrente e os seus contemporâneos. Numa coleção ou investimento o que conta é o valor artístico da obra, antes do nome do seu autor, pois o mesmo autor tem obras de valores diferentes como é óbvio e também obras mais conseguidas e menos conseguidas.
Além disso, duas obras muito parecidas, ainda que do
mesmo artista, jamais são equivalentes. A cotação de cada um delas depende de
complexa análise de variáveis, inclusive de modismos e da comparação de seus
preços em vários anos (já tinha falado disto, mas nunca é demais).
A DISTRIBUIÇÃO DA “PRODUÇÃO” E O CONSUMO
A distribuição da “produção” e o consumo de uma obra de
arte estão dependentes de um circuito cuja lógica implica o investimento de
dinheiro e a necessidade de obtenção de lucros dentro de um mercado
concorrencial que requer a inovação, diversificação e originalidade, por vezes,
alguma egolatria e subjetivismo, como armas numa competição entre artistas,
agentes e instituições que possuem um sentimento de luta pela existência
material, pelo sucesso, pela influência e pelo poder. Propõe-se uma reflexão
sobre algumas questões suscitadas pelos modos de “produção” e de difusão da
obra de arte, procurando-a compreender à luz das exigências da rentabilidade a
que está sujeita e das relações criadas entre o artista e o patronato. A luta
do artista para conseguir materializar a sua ideia implica, por vezes, o
investimento de montantes tão elevados que um sistema de auto-financiamento que
lhe permita executar, pode não ser suficiente para adquirir materiais caros,
equipamentos, colaboradores e/ou espaços. Uns vão conseguindo patrocínios,
outros vão vendendo as suas peças com regularidade, outros adquirem empregos
dentro ou fora do campo da arte, outros formam associações, grupos, etc.
NÃO SE APAIXONE POR UMA OBRA DE ARTE
Deixemos bem claro este ponto: uma
coisa é comprar e vender (negociar e viver disso), outra, bem diferente, é
comprar, corrigir rumos e, depois, realizar lucros. Ambas as escolhas são
válidas (desde que sejam honestas). Mas, quando se trata de investimento, o
investidor não pode se apaixonar pela obra de arte: “gostando dela ou não”,
deverá comprar ou se desfazer dela quando for chegado o momento de corrigir
rumos ou realizar lucros. Conheço investidores que vão acumulando património em
obras de arte por vários anos (vinte, trinta, quarenta ou mais anos) e,
frequentemente, nem chegam a realizar os seus propósitos de lucro, pelo simples
fato de julgarem que, deixando o seu dinheiro aplicado em obras de arte, estão
fazendo um melhor negócio.
Como resultado, muitas vezes, acabam por
deixar uma belíssima herança aos seus herdeiros, mas, por não administrar seu
património, também não tiram proveito dele.
QUANDO QUISER DESFAZER-SE DE UMA OBRA
O melhor é vender a outro comprador
ou então levar a leilão e por fim colocar numa galeria á venda, o melhor sitio,
varia, conforme o valor do artista, mas onde vai ganhar menos é colocá-la á
venda numa galeria, porque quase todas as galerias têm percentagens elevadas,
mas há algumas que preferem levar pouco para não perder o cliente e por vezes
não levam “nada” desde que o cliente compre outras.
Se um dia quiser levar uma obra de arte a
leilão tem que ter em conta o currículo do artista e prestigio, os melhores
leiloeiros são em Londres e Nova Iorque, mas só para artistas de reconhecido
mérito internacional, não leve um português ou outro que só tenha um currículo
nacional ou com poucas exposições e representações internacionais, pois não
será aceite (isto vale para todos os países).
SERÁ A ARTE UMA BOA OPORTUNIDADE DE
INVESTIMENTO?
ALGUMAS EXPLICAÇÕES, INFORMAÇÕES E IDEIAS
SOBRE O INVESTIR
Quando
uma pessoa resolve fazer um investimento, ela deve atentar a três principais aspetos,
presentes em qualquer modalidade: o risco,
a rentabilidade e a liquidez, que é a velocidade pelo qual
o investidor pode se desfazer de seu investimento.
A arte atrai a atenção de um número
cada vez maior de pessoas. A pintura, nos últimos anos, tem vindo a ter um
interesse crescente junto de um leque cada vez mais alargado de pessoa de
praticamente todas as classes etárias. Esta crescente atração pela arte,
principalmente pela pintura, pode-se explicar em apenas duas palavras:
decoração e investimento (havendo exceções).
Quem compra um quadro de um determinado pintor para o colocar em sua casa preocupa-se, com toda a certeza, com o efeito estético que essa pintura irá ter na decoração (eu acho que não deve ser assim, porque um dia muda de decoração e o que é que faz á obra ou obras!? Eu sei quando nós queremos, as obras dão sempre com a decoração, é preciso saber aonde se deve colocar e quando não se consegue guarda-se temporariamente, esperando encontrar o sitio “ideal” para ela, pois um dia consegue reparar que aquela obra que guardou, afinal fica bem naquele sitio…). As cores, os desenhos, a abstração, o significado são fatores que os compradores de pintura põem em equação antes de decidir pela compra de um quadro. No entanto, este fator decorativo está cada vez mais associado ao fator investimento. Quantas pessoas não compraram, por exemplo, um quadro por mil euros e passados poucos anos se aperceberam que o seu valor duplicou ou triplicou? Quantas pessoas não tiveram conhecimento de situações, junto do seu círculo de amigos, familiares ou de notícias, de se ter adquirido uma obra de um determinado pintor desconhecido que de repente se tornou uma referência no mercado de arte?
Durante muito tempo, o investimento em arte era realizado, quase exclusivamente, por milionários e colecionadores, mas, nos dias de hoje, é cada vez mais normal vermos pessoas de classe média/alta ou média, muitos deles jovens, a procurar este tipo de artigos. Este tipo de investimento para além da já referida componente decorativa permite aos investidores diversificarem os seus investimentos numa classe de ativos que tem a grande vantagem de ter uma correlação bastante baixa com as classes de ativos mais tradicionais, como obrigações e ações…
Quem compra um quadro de um determinado pintor para o colocar em sua casa preocupa-se, com toda a certeza, com o efeito estético que essa pintura irá ter na decoração (eu acho que não deve ser assim, porque um dia muda de decoração e o que é que faz á obra ou obras!? Eu sei quando nós queremos, as obras dão sempre com a decoração, é preciso saber aonde se deve colocar e quando não se consegue guarda-se temporariamente, esperando encontrar o sitio “ideal” para ela, pois um dia consegue reparar que aquela obra que guardou, afinal fica bem naquele sitio…). As cores, os desenhos, a abstração, o significado são fatores que os compradores de pintura põem em equação antes de decidir pela compra de um quadro. No entanto, este fator decorativo está cada vez mais associado ao fator investimento. Quantas pessoas não compraram, por exemplo, um quadro por mil euros e passados poucos anos se aperceberam que o seu valor duplicou ou triplicou? Quantas pessoas não tiveram conhecimento de situações, junto do seu círculo de amigos, familiares ou de notícias, de se ter adquirido uma obra de um determinado pintor desconhecido que de repente se tornou uma referência no mercado de arte?
Durante muito tempo, o investimento em arte era realizado, quase exclusivamente, por milionários e colecionadores, mas, nos dias de hoje, é cada vez mais normal vermos pessoas de classe média/alta ou média, muitos deles jovens, a procurar este tipo de artigos. Este tipo de investimento para além da já referida componente decorativa permite aos investidores diversificarem os seus investimentos numa classe de ativos que tem a grande vantagem de ter uma correlação bastante baixa com as classes de ativos mais tradicionais, como obrigações e ações…
Observe que até instituições
financeiras investem em arte. Os grandes investidores do mercado de capitais,
inclusive bancos, costumam materializar parte de suas reservas em obras de
arte.
Não se deve esperar uma rentabilidade imediata: ao fim de dez anos há
normalmente uma grande valorização.
O facto de a arte estar a ser cada vez mais encarada como
uma alternativa de investimento, tem feito com que as instituições financeiras
se preocupem em oferecer aos seus clientes produtos deste segmento. Assim,
podemos observar uma oferta cada vez maior nos mercados internacionais de
fundos de investimento especializados em arte, que permitem aos investidores
apostar no mercado de arte em fundos geridos por profissionais da matéria, com
montantes mínimos substancialmente inferiores ao investimento direto em arte.
Portugal não tem fugido a esta tendência.
Comparado com outras
aplicações financeiras, o investimento em arte assegura um retorno muito
apreciável. Uma tela de um artista de qualidade valoriza entre 10 a 15% por
ano, no mínimo
Um bom investimento na arte, não se
compara como muita gente quer comparar com o ouro, prata, pedras preciosas e
outros, pois há obras como por exemplo: um quadro foi adquirido por 5.000€ e em
30 anos poderá a vir a ser vendido por 1 milhão de euros ou mais!
Será que a arte é um bom ativo para investir? Sim, dizem os entendidos na
matéria, mas é preciso ter em conta que uma peça de arte tem um período de
valorização longo e depende de vários fatores.
Para além do aspeto estético, a arte tem sido considerada como uma forma de diversificar carteiras de ativos, devido à fraca correlação com outras classes mais susceptíveis à volatilidade do mercado, como as ações ou obrigações.
Para além do aspeto estético, a arte tem sido considerada como uma forma de diversificar carteiras de ativos, devido à fraca correlação com outras classes mais susceptíveis à volatilidade do mercado, como as ações ou obrigações.
O investimento é muito
diverso e por vezes um pouco complexo. Investir na arte não significa ser
obrigatório fazer uma coleção, pois pode-se investir em algumas obras sem o
intuito de fazer uma coleção. Para se fazer uma coleção deve-se dar um rumo à sua coleção desde cedo, é fundamental. Em
vez de deambular por diferentes estilos, saber o que se quer, ajuda a construir
uma coleção consistente e com sentido. Ao longo do seu tempo enquanto colecionador
e apreciador de arte, vai aperceber-se que algumas obras o "desafiam"
e aprenderá as diferenças entre as críticas e o reconhecimento comercial dos
artistas.
Feito isso e só depois de obter conhecimentos sobre o meio (maratona que
deverá levar semanas, meses, anos) é que você estará pronto para decidir por um
tema ou mais de colecionismo, uma expressão de arte ou um período, etc. em qual
investir seu tempo e dinheiro. É nesse momento que, acredito, o imponderável se
funde ao que é digno de ponderação: o prazer de possuir uma obra de arte ou um
objeto, que terá a liquidez esperada na hora da venda, quando e se necessária.
Também há uma coleção que se pode fazer e com muito interesse, que é nos “5
melhores” de 10 ou mais estilos, por que não? Em alguns que fazem parte dos
melhores de cada estilo ou então, nos considerados mais inovadores enfim há
muitas possibilidades de se fazer uma coleção, há que ser também criativo.
Nos tempos mais recentes, quem soube apostar em arte,
principalmente em pintura, tem razões para estar mais do que satisfeito. Em
2004 foi batido o recorde do valor de venda de uma pintura a um cliente
particular: o quadro "Garçon a la Pipe", de Picasso, foi leiloado
pela Sotheby's pela módica quantia de 104 milhões de dólares (cerca de 83,2 milhões
de euros). Bond Street, Londres (noite de 24 de Junho de 2008), o leilão de
arte moderna e impressionista da Sotheby´s bate um novo recorde: 163 milhões de
euros. Um dia mais tarde, e a poucas ruas de distância, a rival Christie’s
vende o Monet mais caro de sempre por 51,6 milhões de euros, e eleva o valor
total do leilão para 212,3 milhões de euros. A lista de recordes não termina
aqui. Mais recentemente, os leilões de arte contemporânea ascenderam a 228
milhões de euros, com a venda do "Three Studies for a Self-Portrait",
um tríptico de Francis Bacon, por 21,7 milhões de euros… No primeiro semestre de 2011, a Sotheby's registrou os
melhores negócios de sua história, na contabilidade semestral, com um total de
3,4 bilhões de dólares. Obras de arte
assinadas por artistas de renome podem ser cotadas a somas milionárias em
leilões. “200 One Dollar Bills”,
do norte-americano Andy Warhol, tinha em meados dos anos 80 o valor de 385 mil
dólares. Há poucos anos, a obra foi leiloada por mais de 40 milhões de dólares
– um valor mais de 100 vezes maior num espaço de tempo de 25 anos. Enfim poderia
mencionar muito mais!
Nunca houve, uma crise no mercado de arte!
O mercado de arte tem, no entanto, a particularidade de
ser extremamente difícil de analisar para o investidor comum. Por outro lado, o
risco de comprar obras de pintores conhecidos mundialmente, como é o caso de
Picasso, é substancialmente inferior ao de apostar em artistas desconhecidos.
Em tempos de crise, os segmentos mais estáveis e consagrados apresentam
mais procura, como refúgio dos investidores. Os artistas contemporâneos, mais
especulativos, sofrem mais neste contexto e é por essa razão que "momentos de correção podem oferecer
boas oportunidades nos segmentos de arte contemporânea".
Na minha experiência, o que movimenta mesmo o mercado é quem desenvolve o
vício pela arte; quem, no limite, chega a colecionar por compulsão, é verdade
mas cuidado!…
Qualquer que seja a área
de investimento, o risco cresce logo que o passional ultrapassa o racional.
Ora, a coleção de arte constitui o melhor exemplo de mistura confusa entre
paixão e razão.
Por fim, e
se pretende ter uma ideia do potencial de valorização do investimento em arte
(ou apenas saber como está a evoluir o mercado), ainda que não existam
ferramentas de análise tão sofisticadas como nos mercados de capitais, já pode
contar com um índice exclusivamente dedicado à arte: o Mei Moses fine art índex
(já tinha feito referência a isto, mas como digo, nunca é demais e não se
esqueça nada é perfeito, por isso também aqui há muitas lacunas). Desenvolvido
por Michael Moses, um professor de finanças da New York University's Stern
School of Business, este índice regista sistematicamente o valor pelo qual as
obras de arte são vendidas nos principais leilões mundiais. Pode verificar,
através do índice, que o investimento em arte proporcionou um retorno nos
últimos 50 anos superior ao investimento em obrigações, tendo sido a sua
performance bastante próxima da do S&P500...
Caso a obra adquirida não renda mais tarde tanto quanto o
prometido na hora da compra, pelo menos ter-se-á um quadro valioso na parede de
casa, para deleite próprio e pode ser que um dia algo de melhor aconteça.
Antes de se
comprar qualquer coisa, seja um carro, um imóvel ou uma peça de arte, a gente
precisa conhecer o que está comprando…
Não se esqueça quem “manda” nas
artes como em tudo são os lóbis (ou lobbies), os interesses e também cada país
têm as suas conveniências em valorizar os seus artistas e etc.
COMO SE
DEFINE A COTAÇÃO DE UM ARTISTA E ALGO MAIS SOBRE INVESTIMENTO
“Há vários
fatores”, o primeiro e principal é o currículo. E para isso concorrem, sem
dúvida, as exposições efetuadas em instituições, em galerias de “referência”,
os convites para exposições internacionais de “referência” e a aceitação que os
artistas têm nas feiras de arte, em leilões, em museus, mas o mais importante é
estar representado em vários países em coleções privadas e públicas.
Para
Portugal, a internacionalização. A crescente apresentação de artistas ou obras
portuguesas no estrangeiro contribui, para “os valores (de comercialização)
passem a ser definidos em termos internacionais”. Daí a discrepância de
existente, por exemplo, nos preços de artistas mais antigos, muito valorizados
em Portugal mas frequentemente sem expressão fora de portas.
Investir nos artistas falecidos, é
necessário saber se são artistas valorizados nacional ou internacionalmente
(Portugal é um país fraco no valor internacional dos seus artistas), conta
muito se estão nos melhores museus do mundo e em grandes coleções particulares
e também se o seu currículo abrange um leque grande de países, com relevo para
aqueles que são ou estão a começar a ser determinantes no mundo da arte (Inglaterra, E.U.A., China, Japão,
Alemanha, França, Espanha, Itália, Rússia, Holanda, Brasil, México, Canadá,
Suíça, Austrália, Coreia do Sul, etc.).
O mercado
português de arte é pequeno e, consequentemente, difícil. Para crescer é
preciso sair de Portugal. Sim é um mercado pequeno, um dos mais pequenos da
Europa.
A cotação do artista pode sofrer variações importantes.
Por exemplo: o José Malhoa é um pintor português muito conhecido em Portugal,
mas a nível internacional não tem cotação por isso ele é só investimento em
Portugal, também Nadir Afonso é um artista muito forte em Portugal e com alguma
expressão em França, Brasil, mas do resto a sua cotação é quase nula e etc. (“desculpem-me”
os artistas que referi, mas são quase todos). Temos poucos artistas com alguma
referência internacional, mas ainda não fazem parte das grandes cotações
internacionais. Infelizmente o artista português, é considerado um artista caro
em relação a outros artistas com currículo e percursos idênticos (havendo exceções).
Um jovem artista que quase não tem currículo, pensa por ter tirado um curso de
artes plásticas ou por ter começado a pintar que já pode pedir o que quiser por
uma obra, por exemplo: com 90X90 um valor cerca de 2.000€ e se alguém lhe diz
alguma coisa acha que é inveja ou que essa pessoa é estúpida…
As variações das cotações de artistas nacionais e internacionais
variam por várias causas (como foi dado dois pequeníssimos exemplos em cima,
que se aplica em qualquer parte do mundo, há muitos fatores, pois cada obra é
única, mesmo a do mesmo artista, por isso a obra de um artista, até a do
Picasso, tem muitas diversificações, por isso sofre muitas mudanças na cotação…),
a cotação de cada um deles depende de complexa análise de variáveis …
O investimento em arte
tem-se tornado num instrumento de diversificação das carteiras devido
principalmente à sua fraca correlação com as outras classes de ativos
tradicionais, nomeadamente com as ações, levando a uma maior oferta por parte
das instituições financeiras de produtos dessa área. Esta tendência
internacional chegou recentemente ao nosso país, com a criação de um fundo de
investimento de arte em alguns bancos portugueses.
É melhor que o artista não seja
dependente de apenas uma galeria ou um agente. A exclusividade pode levar os
preços a subir de forma artificial e o artista por vezes acomoda-se e não luta.
O ideal é, de negociar diretamente com o artista. Será um ótimo encontro e
poderá adquirir obras a um preço justo (desculpem-me quem negoceia em arte, mas
é verdade!).
O artista para ter valor internacional tem que ter boas
representações na Europa, América, e Ásia. Há vários países em que é obrigatório
o artista estar representado, como por exemplo: Inglaterra, E.U.A., China,
Japão, Alemanha, França e etc.
Na arte também há o fenómeno de moda, pois há um ou
vários artistas que estão na moda por vários motivos e “toda” a gente vai
comprar, acontece alguma coisa a esse artista, por exemplo, desiste depois de
passar a “febre” de ganhar dinheiro e quem comprou por vezes muito caro em
relação ao seu verdadeiro valor perde nesse investimento, por isso é que eu
recomendo que estejam atentos se esse artista é um inovador e lutador ou não.
As cotações dos artistas, por vezes são um pouco
oscilantes (quando mortos), isso depende de vários fatores, pois o artista
morre mas a obra não!
Como eu já disse várias vezes, o melhor investimento num
artista, está: num artista lutador, que valoriza constantemente seu currículo,
até ao fim dos seus dias… depois de morto, o seu currículo é que conta e o que
se faz por ele (currículo) ao longo dos tempos, pois o artista morre mas seu currículo,
não!
No caso dos artistas mais “velhos”, «os catálogos Raisonné são quase
fundamentais para as cotações estabilizarem e estabelecer que obras são
realmente do artista», mas como em tudo, nada é prefeito e podem existir algumas
faltas, falhas ou…
A necessidade de estar bem informado sobre a
cotação dos artistas e das suas obras é um dos aspetos para os quais os
especialistas mais alertam a quem quer estar no mercado de arte. Mas onde
encontrar a informação? Tudo depende do tipo de arte, e até da origem do
artista. A lista de "sites" (alguns) para encontrar informação fiável
(mas infelizmente nem toda a verdade está, seja aonde for, pois também aqui os
interesses mandam muito e outros):
ArtFacts, da Alemanha - www.artfacts.net
Art Price, da França - www.artprice.com
Art Net, do Reino Unido - www.artnet.com
Art Market Report, do Reino Unido - www.artmarketreport.com
Mei/Moses, dos Estados Unidos - www.artasanasset.com
Artron, da China - en.artron.net
Saffron, da Índia - www.saffronart.com
ArtFacts, da Alemanha - www.artfacts.net
Art Price, da França - www.artprice.com
Art Net, do Reino Unido - www.artnet.com
Art Market Report, do Reino Unido - www.artmarketreport.com
Mei/Moses, dos Estados Unidos - www.artasanasset.com
Artron, da China - en.artron.net
Saffron, da Índia - www.saffronart.com
QUERER SOMENTE GANHAR DINHEIRO
Que nunca invista em arte nesse sentido. Se quer ganhar
dinheiro, se quer fazer um negócio só por fazer, invista noutras coisas. Compre
porque gosta, mas com discernimento, compreensão e inteligência (mas não se
esqueça, como eu disse mais acima: evolua, adquirindo conhecimento!...) e como
é óbvio, a arte tem um valor económico e, depois, pode acontecer que seja um
bom investimento. Pode acontecer, porque a arte que tem mais qualidade, nem
sempre a melhor arte é o melhor investimento. A questão está aí. Muitas vezes é
o contrário, não há uma relação direta. Historicamente já aconteceu: muitos dos
artistas do impressionismo nunca conseguiram vender um quadro, morreram quase
na miséria. Os artistas vivos mais bem sucedidos, que o mercado mais reconhece,
nem sempre são os que vão passar à história. Além do gosto, subjetivo, há um
outro conjunto de critérios: o currículo do artista, onde expôs, em que coleções
em que está, que grau de inovação trouxe para a arte, em que é que ele é
diferente, que ruturas fez (já falei nisto várias vezes, mas nunca é demais)...
ARTE EMERGENTE
As obras dos países emergentes crescem de importância
(nem todos) ao mesmo ritmo que as suas economias. A arte contemporânea chinesa
tem boas oportunidades, dizem os especialistas, assim como os artistas
brasileiros estão cada vez mais a ser procurados a nível mundial, com alguns
deles nas grandes cotações internacionais. Nos últimos tempos a arte dos países
africanos tem tido uma grande procura, mas cuidado há muito oportunismo em tudo
isto. Não podendo esquecer a Índia, Coreia do Sul, etc.
UMAS VERDADES
A pessoa que quer investir tem que conhecer bem o mercado
de arte…
Costuma-se
dizer que o melhor investidor é aquele que conta com um amplo horizonte de
tempo mental para ver ou avaliar além do momento presente e usar adequadamente
seu impulso de observador e sua intuição.
Há zonas de mercado que ainda não funcionam em Portugal. Como o desenho,
importantíssimo para a formação de colecionadores, já que as obras executadas nesta
disciplina são vendidas a preços mais acessíveis, mas a pouco e pouco começa-se
a olhar com outros olhos.
Penetrar no
fascinante mundo das artes é um “perigo”. Justamente por ser tão fascinante. Só
sabemos quando entramos, nunca quando saímos. Vicia.Quem se apaixona por esse
mundo fica “alucinado”. Em contrapartida, penetrar nesse incrível mundo também
pode render dividendos. E não apenas financeiros. Falo de prazer pessoal, de
enriquecimento cultural, da satisfação de namorar uma obra, “pechinchar” por
ela e conquistá-la depois de muita conversa. De a ter em casa e todos os dias
sentir coisas diferente ao vê-la. São prazeres imprevisiveis, mas fascinantes!
Cuidado quando
um galerista lhe diz que os artistas dele é que são um bom investimento e que
não há melhor no mercado, pois ele trabalha com os melhores (isto é verdade! Já
escutei isto a um galerista numa feira de arte, para um casal que pouco
entendia sobre o assunto e noutras ocasiões), também tenha cuidado com aqueles
que dizem muitas maravilhas de um artista que está a iniciar, daqueles que
tentam a todo custo, impor-lhe um artista, etc. seja livre nas escolhas que
faz, visite muitos sitios e informe-se o mais possivel sobre o que quer
comprar. Tenha também cuidado com as pessoas que estão constantemente a dizer
que os outros não prestam e a comparar estilos completamente diferentes, para
poderem impingir o que lhes interessa vender.
Sobre o casal Victor e
Sally Ganz. Estes colecionadores adquiriram, no início da década de 40, a Pablo
Picasso o quadro "Le Rêve" por seis mil dólares. Anos depois, o
quadro alcançava a astronómica cotação de 42 milhões de dólares! E há muitos
mais exemplos…
Quando o negócio parece ser bom demais,
geralmente, o barrete é muito grande.
É preciso ter um conhecimento profundo de arte e do mercado da arte para
fazer bons investimentos.
Quanto mais souber, melhor a probabilidade de
efetuar uma compra acertada e próxima do valor justo do artista e da obra.
A arte tem também um "valor inestimável", "melhorar a vida
de quem a possui”.
Antigamente as pessoas compravam obras de arte pelo
prazer que estas lhes proporcionavam. E o valor acabava por surgir,
naturalmente, como uma "mais-valia" adicional. Hoje, compra-se da
mesma maneira, mas também como ativo de investimento, para diversificar as
carteiras. E, por vezes, o insucesso é garantido, pois é necessário estar muito
bem informado antes de o fazer.
A arte tornou-se a grande alternativa aos investimentos
tradicionais. A médio e longo prazo, é um investimento certo e seguro, quando
bem efetuado.
Uma aposta de baixo risco é comprar obras de artistas famosos. Mas o investidor pode apostar que determinado artista vai no futuro se tornar reconhecido, o que faria sua obra a princípio barata ter uma grande valorização ao longo do tempo. O risco é que também há a possibilidade do artista não "vingar", mas nunca se esqueça disto, conheça bem o artista e como disse várias vezes, os lutadores e inovadores é que vingam!
Quando investido no início
da carreira de um artista lutador é raro a obra não valer muito mais (mais
tarde) do que foi adquirida, logicamente pode não acontecer (por isso é que
escrevi raro, mas valoriza sempre só que não é muito mais mas sim mais…), pois
todos nós estamos aqui de passagem e o artista pode falecer ou acontecer algo de
inesperado, nada na vida é exato!
Ao contrário de outros ativos, as obras são pouco líquidas e não se vendem
sempre que se quer. Além disso, as modas mudam e corre o risco de estar anos ou
até mais do que uma geração com uma obra em carteira, que pouco valor tem no
mercado.
O segredo "é saber comprar bem". Dizem
algumas pessoas “entendidas”, mas quando é que se sabe que se está a comprar
bem!? Pois os interesses na arte, dos monopólios são muito grandes e varia do
interesse de cada país, organização ou pessoa, mas há que ter em conta que,
quem estiver bem informado ou ter bastantes conhecimentos, tem bastantes
“armas” na mão, para poder fazer uma boa compra como investimento.
Na
arte, como nos investimentos, as pessoas têm que se rodear de quem percebe do
negócio, mas que seja honesto (cuidado com os pseudo-honestos) é necessário
conhecer muito bem essa(s) pessoa(s). “Se não o fizerem podem ser enganadas”,
alerta!...
Quando
você vai a uma exposição das obras de Paula Rego, por exemplo, você pode não
comprar, mas está ilustrando seu olhar. Isso é o mais importante, para ir-se
preparando
Não se apaixone por uma obra de arte, pois
assim vai ser difícil vende-la, mas se o fizer, não há mal nenhum, pois terá
outras para o fazer.
O INVESTIMENTO EM ARTE, QUANDO
BEM ESCOLHIDO É O INVESTIMENTO MAIS SEGURO E RENTÁVEL QUE EXISTE!
FRASES
E IDEIAS SOBRE O INVESTIR EM ARTE
O melhor investidor é aquele que conta com um amplo
horizonte de tempo mental para ver ou avaliar além do momento presente e usar
adequadamente seu impulso de observador e sua “intuição”.
Cuidado com as modas, como em tudo elas passam e
depois!?
Primeiramente, estuda-se o mercado em que
quer se investir; depois, é que nele se investe.
O investir também é uma arte, pois também tem
que ter uma boa criatividade para se realizar bons investimentos.
Estar atualizado é importante…
Arte é a melhor alternativa de investimento em tempos de crise e em todos
os tempos.
Investir em arte é seguro
quando bem investido.
O ganho do investidor em arte depende, em grande parte,
de sua criteriosa escolha do objeto de arte e também da prudência de não se
desfazer dele rapidamente.
Todas as alturas são boas para investir em arte, desde que existam as condições
necessárias a um bom investimento.
Apostar num jovem
talento que acabou de aparecer é também essencial para se ter êxito nesta atividade,
mas cuidado!
É um bom refúgio para quem tem liquidez e quer investir
A arte é mesmo a única alternativa de investimento.
É importante educar-se sobre o assunto, informar-se, trocar impressões com
outros investidores e envolver-se no meio.
Veja como investir, numa área onde a
“paixão” é não só por vezes inevitável, mas imprescindível, mas cuidado, tudo
tem seus limites.
Precisa entender que
tomar uma atitude é essencial para garantir que você não perderá as
oportunidades.
É um mercado mais firme.
A arte ajuda a reduzir a volatilidade de um “portefólio” gerando
apreciações de longo prazo.
As escolhas certas geram margens de lucros maiores do que a maioria dos
produtos disponíveis no mercado.
O mercado português de arte é pequeno e, consequentemente, difícil, mas
vale sempre a pena investir em arte portuguesa.
Compre obra de um artista (lutador) enquanto ela é barata, depois pode-se
tornar muito mais difícil ou quase impossível.
Ao contrário do que acontece com os investimentos
tradicionais, as obras de arte “estão sempre a valorizar”.
É uma aplicação segura e com valorizações garantidas a médio/longo
prazo.
Peço que não se esqueça, que o que conta mais é o
currículo do artista e sua inovação.
A ARTE É DEFINITIVAMENTE UM BOM INVESTIMENTO!